3 de dezembro de 2012

New year, 2013 go!

Falta pouco pra acabar mais um ano. Pra começar aquela leva de cobranças em cima do ano seguinte, aquela leva de pessoas desesperadas e preguiçosas demais pra fazerem a vida girar. “Que 2013 me surpreenda”, “que 2013 seja melhor que 2012”. 2013 não tem que te surpreender nem ser melhor do que ano nenhum. Isso depende de você levantar o rabo da cama, abrir a janela, ver o dia nascer e agradecer por tudo o que tem. Depende de você pensar que as coisas vão ser diferentes, que você vai ter um dia e que, caso ele fosse o seu último, você gostaria de ter feito tudo o que fez. Frases como “eu era tão estúpida ano passado” não mudam o fato de que o ano passou, mas você não. Se você não mudar isso em si mesma, vai continuar sendo estúpida. No ano passado, esse ano e no ano seguinte. Sabe o que eu quero pra esse ano? Eu quero amanhecer e surpreender 2013. Quero fazer com que esse seja o melhor ano da minha vida, porque me iludir com promessas baratas de que o ano vai fazer as coisas serem melhores é coisa de gente fracassada. Esse ano começou e eu era uma certa pessoa. Pra variar, o ano passou rápido demais… Quando eu vi, eu já não era mais a mesma pessoa que era há alguns meses atrás. Aí a gente para pra pensar: o que são alguns meses? Se uma vida tem em média uma duração de uns 70 anos, o que são alguns meses? Muita coisa, por mais ridículo que pareça. Em alguns meses, você poderia salvar a vida de alguém, viajar e descobrir uma teoria que mudaria a concepção humana do mundo, aprender a pular de paraquedas, participar de um trabalho voluntário, virar político, passar no vestibular, trabalhar, entrar em depressão, sair, se apaixonar, ganhar na loteria e ainda ter tempo pra pegar uma balada todos os sábados a noite. Tudo isso pode te acontecer em alguns meses. Aí eu paro e me pergunto: o que eu fiz desses meses que passaram? Todo mundo deveria parar pra se perguntar isso. Se eu mudei… Foi pra melhor? Ou pra pior? Ganhei amigos… De verdade? Ou só fachada? Perdi pessoas ou me livrei daquilo o que estava me fazendo mal? Eu amei ou me iludi? Sofri, fiz alguém sofrer? Ou os dois? Fiquei cansada por muito trabalho ou por muita falta de perspectiva? Deixei a opinião dos outros sobre mim me afetar ou agi de acordo com os meus princípios? A questão é: eu terminei esse ano sendo uma pessoa melhor do que quando comecei? Se a resposta for sim: ótimo, continue fazendo o que quer que esteja fazendo, porque você está no caminho certo. Agora se a resposta for não, você tem uma série de escolhas. Pode desistir e continuar se tornando um lixo humano a cada ano que passa, ou tentar reverter a situação. A vida é curta, mas sempre há tempo pra recomeçar. Seja o tipo de pessoa que tenta mudar a direção do barco ao invés de esperar que os ventos façam todo o trabalho por você. Seja o tipo de pessoa que você se orgulharia de ser ao contar pra alguém que você ama. Seja quem você é, independente do quão difícil isso tenha se tornado nos dias de hoje. Porque no final das contas, é isso o que realmente vale. O ano passa e junto com ele muitas outras coisas passam também. Lembranças, decepções, expectativas, relacionamentos, vidas… Mas a gente não passa. A gente continua aqui, tendo a chance que muitos gostariam de ter: a chance de acordar e fazer tudo ser diferente. Então me diz: o que você vai fazer amanhã de manhã?

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