30 de novembro de 2012

Fidelidade à vida


Não sabia o que ainda a prendia lá, talvez o deslumbramento, a proteção.
Se colocava em seus braços como se fosse a última vez, a última chance de sentir o que sentiu.
Tentava erguer sua cabeça mas o peso da sua dor a puxava para baixo.
Sorria um sorriso falso na esperança de transformá-lo em felicidade.
A solidão a havia cativado com tamanha intensidade indescritível.
Quem sabe um adeus? Um olá? Ou um até logo?
Na dúvida permanecia apenas calada.
Desejava estar imóvel, perdida em meio aos pensamentos de sua mente.
Invisível.
Como um escudo, protegia seus ouvidos e olhos da verdade.
Repetindo para si mesma, que tudo estava bem.
E como um sopro, viu sua vida passar diante de seus olhos.
A culpa a dominou.
Por falta de coragem deixou a lealdade por sua vida em segundo lugar.

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